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O concelho de Vila Franca de Xira apresenta variadas carências que não são vistas em concelhos próximos, e a sua população enfrenta lutas por direitos que outras já vêem garantidos. Um debate de jovens e um encontro de ideias para melhorar o nosso concelho precisa-se, e o Bloco de Esquerda de Alverca organiza-o já em Março.

Há poucos anos, cada uma das salas de cinema da cidade de Vila Franca de Xira fechou portas, privando a população de um dos locais culturais a que as exigências da vida moderna dão mais valor. Vários anos antes, já a cidade de Alverca ficara desprovida da única sala de cinema onde os alverquenses podiam desfrutar um filme e onde várias famílias procuravam planos para finais de tarde, serões ou fins-de-semana. E hoje, às várias dezenas de habitantes do concelho de Vila Franca de Xira, o que resta fazer quando surge o desejo de ver um bom filme tão anunciado ou simplesmente de se desligar, por umas horas, do ritmo inquieto da vida actual? A solução é arrancar pela estrada, ou seguir num dos comboios (por vezes tão raros) que ligam a um outro município, onde ainda subsistam ou proliferem áreas de cultura e lazer onde passar os tempos de ócio.

O Bloco de Esquerda do concelho não se compraz, e tão-pouco se satisfaz com uma situação como esta que se repete em tantos assuntos quantos aqueles em que poderíamos pensar: ausência de ensino secundário em pólos habitacionais importantes, como a Póvoa de Santa Iria; a falta de espaços vastos e acessíveis a todos onde seja possível gozar a natureza ou praticar desporto ao ar livre; as poucas condições de circular de bicicleta no concelho; a vacuidade de instituições de ensino superior dentro das fronteiras do município; ou a inexistência de um teatro profissional, com actuações e exibições relativamente frequentes e a insuficiência patente de tantos outros serviços de proximidade de que a nossa população carece. Olhando em redor, para concelhos tão próximos como Loures, Lisboa, Oeiras, Sintra, Almada ou Amadora, em que a vida moderna parece dispor de mais comodidades e serviços necessários, é frequente assistirmos a quem, vivendo neste concelho, ambicione mudar a sua residência para onde possa viver melhor e mais próximo de tudo o que precisa e de que usufrui.

É neste âmbito que o Bloco de Esquerda prepara uma iniciativa inovadora e com um propósito muito concreto e definido: reunir jovens, entre os 15 e os 25 anos, residentes no concelho, e que esperem por condições melhores de vida – condições para viver neste concelho, condições para constituir família neste concelho, condições para trabalhar neste concelho – e que estejam conscientes do trabalho e da mobilização a que um esforço de incremento do nível de vida obriga. Queremos que os jovens do concelho se pronunciem e que ganhem voz, para mostrar aquilo que querem ter e a que têm direito. Este é o momento de assumir a vontade de pertencer, com todos os direitos presumivelmente inerentes, a uma Área Metropolitana: se tens a idade exigida e se tens algo a dizer sobre esta problemática, é a hora de ajudares a desenhar o plano para desenvolver o concelho nos próximos dez anos, para que em 2020, ao contrário de 2010, este seja um espaço que cative população não apenas por se situar próximo da capital, mas por ser um lugar reconhecido pela sua qualidade de vida em todos os aspectos.


 
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